Logo após a Segunda Guerra Mundial, a Standard Motor Company procurou não só reconstruir sua fábrica de automóveis, mas também redefinir o conceito de sedan de família ao pós-guerra.
Sir John Black encontrou-se com seu designer, Walter Belgrove, e um plano fora implementado com o objetivo de trazer uma expressão simplificada à mobilidade familiar. Para isso, Belgrove, a pedido de Black, copiou abertamente o design do Plymouth 1942 sedan.
Plymouth 1942
E assim nasceu um novo sedan: um Plymouth com design modificado para montagem em cima de um novo chassi e novas especificações de motor. O veículo fora nomeado como Vanguard.
Grande parte da produção do Vanguard iria para o exterior, já que o Reino Unido buscava aumentar suas exportações industriais, particularmente para a Áustria, enquanto uma constante demanda do veículo crescia no próprio Reino Unido. Tendo finalmente sido lançado para vendas domésticas em 1950, o Vanguard vendeu bem na sua terra natal.
Vanguard 1950
O Triumph TRX de 1950
Com o Vanguard firmemente estabelecido em casa e no exterior, a Standard resolveu criar uma nova visão para substituir o Roadster 2000 e criar um carro esportivo para competir com o Jaguar na próxima década. Como o Vanguard, o design deveria ser o início de tudo, e novamente Walter Belgrove fora chamado.
O design que surgiu de sua prancheta fora realmente diferente do que havia até então. O carro, chamado inicialmente de Triumph roadster (mais tarde TRX), era um conversível de três lugares com forma de bala, todo feito em alumínio, com elegantes faróis escamoteáveis e saias nos para-lamas das rodas traseiras.
O Triumph TRX vinha com uma transmissão de três velocidades, a revolucionária overdrive Laycock de Normanville, que era conectada a partir de um interruptor no volante. Para operar todas as partes que demandavam energia, motores elétricos foram colocados entre os painéis de alumínio, o que ocasionou em ganho de peso para o veículo.
O interior, teoricamente, tinha assento para três pessoas. Os instrumentos foram colocados bem ao centro do painel. Botões e controles de baquelite sintonizavam rádio e um primitivo ar-condicionado. Já a capota elétrica era ativada por um botão.
O porta-malas era pequeno, já que compartilhava o mesmo espaço com o tanque de gasolina, colocado na traseira do TRX. A posição do tanque era extremamente perigosa, no entanto ajudou a equilibrar o peso do carro.
O TRX fora apresentado no Salão do Automóvel de Paris em 1950, e mais tarde no Earl’s Court Motor Show. O pequeno roadster atraiu muita atenção. No geral, parecia um pouco futurista, mas também passava a sensação de “retrocesso” em seu design.
Engenheiros e contadores, agora, trabalhavam em planos de fabricação e custos. Sua inovadora carroceria de alumínio e suas infinidades partes elétricas revelaram-se caras de fabricar. As estimativas inicias colocavam o Triumph TRX básico a um custo de £ 975,00, o mais caro veículo da Triumph.
No fim, Standard e Triumph tiveram que seguir em frente. Em 1953 surgira o TR2, muito popular por lá, assim como o TR3, produzido de 1955 a 1962.
Triumph TR2 1953
Fonte/fotos: www.cardesignnews.com