A época mais romântica do automobilismo brasileiro – as décadas de 50 e 60 – produziu uma série cativante de histórias, ídolos e proezas que seguem, até hoje, presentes na memória dos fãs do esporte. As populares corridas de rua revelavam toda a habilidade dos competidores, em um período que o talento era o principal aditivo para o desempenho nas pistas.
Resgatando os ícones desse tempo, o livro ‘Aristides Bertuol, o piloto da carretera nº 4’ convida o leitor a viajar pelas curvas de sua trajetória, com pit-stop em momentos únicos que resumem os desafios do esporte naquela época. Relembre cinco passagens incríveis na biografia do competidor gaúcho que ajudam a contar como era o automobilismo no Brasil décadas atrás:
A primeira vitória
A primeira vez que Aristides Bertuol subiu ao pódio como vencedor de uma prova foi em grande estilo: no Autódromo de Interlagos, principal palco das corridas no cenário nacional. O título veio no IV Grande Prêmio Cidade de São Paulo, dia 19 de março de 1949. Essa era apenas a segunda vez que ele participava de uma corrida na condição de competidor. Dirigindo um Chevrolet Aerosedan Fleetline, também conhecido como Sedanete, treinou por apenas um dia antes da prova.
Recorde na prova Getúlio Vargas
No ano de 1951, Aristides Bertuol perpetuou seu nome na linha do tempo do automobilismo brasileiro ao conquistar um significante resultado no II Grande Prêmio Automobilístico Getúlio Vargas. Na disputa da quarta e última etapa da corrida, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, Bertuol percorreu os 398 quilômetros de distância entre as duas cidades em 2h56min07seg1/10. O tempo garantiu ao piloto gaúcho o primeiro lugar da etapa com a média de 133,861 km/h. Mais do que vencer, ele estabeleceu o recorde de tempo entre as duas cidades pela rodovia de pista simples, que ainda não estava totalmente asfaltada, e hoje é conhecida como “Via Dutra”.
Vitória pilotando um monoposto Maseratti
Aristides Bertuol venceu o II GP Crônica Esportiva de São Paulo, no Autódromo de Interlagos, pilotando uma Maseratti 4CLT – carro do tipo monoposto, pouco comum nas competições em 1953. Essa foi a primeira vez que ele participou de uma prova guiando um automóvel aberto, de apenas um lugar, em que as rodas e a cabeça do piloto ficam expostas. Em uma corrida de disputas sensacionais, Bertuol ainda estabeleceu o recorde de tempo na última volta, completando os oito quilômetros do circuito em 4min00seg1/10.
Vencedor das Mil Milhas Brasileiras
Na coleção de troféus de Aristides Bertuol, as taças de vencedor da principal corrida do automobilismo brasileiro da época têm espaço de destaque. Pilotando uma carretera Chevrolet 1939 equipada com motor Corvette, ele conquistou o primeiro lugar da II Mil Milhas Brasileiras, disputada no famoso Autódromo de Interlagos, em 1957.
Convite para a Fórmula 1
O talento de Aristides Bertuol chegou muito próximo de ganhar visibilidade mundial – ele recebeu um convite para disputar provas da Fóruma 1. Entraves burocráticos até hoje pouco esclarecidos acabaram frustrando o sonho de uma carreira internacional – mas não o reconhecimento ao talento de Bertuol no volante e sua predestinação para as vitórias nas pistas.
Para conhecer a história
Mostrando em detalhes estas e outras passagens marcantes, o livro ‘Aristides Bertuol, o piloto da carretera nº 4’ combina entrevistas, registros escritos e um acervo fotográfico inédito, reportando fatos curiosos sobre o período glorioso das corridas de automóveis em estradas de chão, nas décadas de 1950 e 1960. A publicação também traz o resgate informativo de cada uma das 60 provas disputadas pelo piloto durante sua carreira, suas principais conquistas e passagens emblemáticas que lhe renderam o título de ‘ás do volante’.
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O livro é um projeto financiado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, com patrocínio de Bradesco, Geremia Redutores, Vinícola Salton e Meber Metais.