Apresentamos na edição 87 da Revista Classic Show uma matéria completa sobre o simpático Romi-Isetta, que completou 60 anos de Brasil em 2016. Além de citarmos as características do veículo, suas evoluções, números de unidades produzidas, curiosidades, entre outros, contamos em resumo a história dos veículos que representaram nossa matéria. Então, aqui na seção E+, vamos contar a mesma de forma completa, pois, assim como o Romi-Isetta, é muito interessante.
Paixão de Infância
Os Romi-Isettas que desfilaram por nossa matéria pertencem ao colecionador André Barros Beldi, de Sorocaba/SP. “Sou fanático por esse carro desde pequeno. Tenho um vídeo com 3 anos de idade pedindo um Romi-Isettinha de lata que o meu tio tinha, da década de 50. Eu era louco por esse carrinho, e meu pai sempre falava que ia comprá-lo. Então aquilo ficou na minha cabeça e eu cresci pensando nisso”, conta o colecionador.
O Romi-Isetta 1959 foi o início de toda esta história. “Quando eu tinha 14 anos, meu pai comprou, enfim, o primeiro Romi-Isetta, o vermelho de 1959”, nos relata Beldi. “Compramos em São Paulo, ele era bem ruim, não funcionava, era cheio de massa. A primeira volta foi empurrando. Tinha uns amigos que esperavam o carro chegar; era meia-noite quando finalmente chegou na minha casa e a diversão foi geral: dar uma volta no Romi-Isetta, mesmo que empurrando”, lembra o colecionador.
“O Romi-Isetta é o carrinho mais simpático que existe. Quando você passa na rua, as pessoas sorriem, e ele foi além do seu tempo. Essa é a minha paixão entre todos os carros aqui da coleção, além, é claro, de um carro anfíbio e um de corrida que temos. Eu sempre colecionei tudo a respeito do carro: tenho muita literatura, manuais, fotos de época, fora a coleção grande de miniaturas de Isettas e Romi-Isettas”, conta Beldi.
O Romi-Isetta, de chassi número 005, de 1956, da primeira linha de produção, foi comprado para restaurar. “Estava muito ruim, feio de lata, mas tinha o chassi original; era basicamente a carroceria, as estruturas do banco, o painel de alumínio e uns pedaços do motor, além das rodas. Foi totalmente restaurado e hoje é um carro completo, 100% original, com as cores azul-celeste e branco, que são as originais de quando ele saiu da linha de produção. É o chassi mais antigo que existe no país hoje, e pelo Romi-Isetta ser o primeiro carro fabricado no Brasil, este é considerado o carro nacional mais antigo que existe no país”, nos conta o colecionador.
O Romi-Isetta 1956, na cor verde e cinza claro, também tem um chassi de número baixo, sendo o trigésimo quinto carro produzido. Ele era de Curitiba, e foi o primeiro carro da fábrica vendido para o Paraná. Há uns 15 anos André soube da existência desse carro e foi atrás dele, mas estava muito ruim. Na época não se interessou, mas ficou arrependido. Depois de alguns anos, André voltou a ligar para o proprietário para saber do carro, mas este já havia sido vendido. “Tempos depois, vi um anúncio de um Romi-Isetta amarelo e branco, de 1956, à venda, e fui atrás, pois meu sonho era ter um com motor Iso 2 tempos de 250 cilindradas de 1956”, conta André. Ele acabou comprando, e então descobriu que se tratava do mesmo carro de Curitiba. “Ele tinha uma mecânica muito boa, era bem completo, e só desmanchamos para restaurar na cor original, e colocamos alguns detalhes que faltavam”, conta o colecionador.
Revista Classic Show
Leia o artigo completo na edição 87 da Revista Classic Show.