O Maserati 3500 GT fora lançado em 1957 no Salão de Genebra, criação do engenheiro chefe Giulio Alfieri. A versão “Spyder”, com a carroceria construída pela Carrozzeria Vignale, fora concebida em 1960, e somente 251 unidades foram feitas de 1959 a 1964, com um chassi mais curto, de 78,74 polegadas (250 cm).
Maserati 3500 GT 1960
O Maserati 3500 GT Spyder Vignale, chassis número 101.504 / C, destaque deste post, fora terminado em fevereiro de 1960 como o sétimo Spyder construído. A pedido de seu primeiro proprietário, um engenheiro de Genova, o chassi fora entregue à Carrozzeria Vignale, onde Giovanni Michelotti trabalhou em sua carroceria.
Naqueles dias, era bastante comum que os protótipos pré-produção fossem vendidos como comissões pontuais. Os construtores estavam sempre cheios de trabalhos, e você poderia ter um veículo construído a um preço razoável.
Essa situação favorável permitiu que Ferrari e Maserati, por exemplo, recuperassem quase todo o investimento mínimo necessário para a concepção e desenvolvimento de novos modelos. Esses veículos personalizados eram vendidos sem dificuldade para afortunados, como grandes industriais, atores e cantores.
Na grande maioria das vezes, esses carros dos sonhos eram apresentados em “Motor Shows”, e eram nessas ocasiões em que os fabricantes de automóveis poderiam avaliar a opinião de seus potenciais compradores, para então fazer o design e ajustes técnicos que levariam ao modelo final.
O Maserati 3500 GT Spyder deste post foi um exemplo disso, onde mais tarde se tornaria modelo para produção de mais veículos.
Segundo arquivos da Maserati, o chassi 504 / C fora enviado à Carrozzeria Vignale em 16 de abril de 1959. Curiosamente o veículo fora concluído apenas um ano depois, em 20 de abril de 1960, um tempo extraordinariamente longo, porém explicado pela série de características únicas e especiais que o carro recebeu, como painel personalizado, para-choque diferenciado, saídas de ar laterais, ausência do emblema na grade etc.
A natureza muito especial de 504 / C chamou a atenção respeitado colecionador Guido Bartolomeo, que adquiriu o carro, na Itália, no fim da década de 80, importando para a França em 2002. O automóvel está em condições originais, com exceção da pintura, refeita nos anos 80, mas em seu tom original: “Grigio Conchiglia”, um cinza especial. Seu interior também é original, e o veículo está com apenas 60 mil quilômetros rodados, uma verdadeira relíquia que sobreviveu ao tempo.
Fonte/fotos: www.coachbuild.com