A expressão “Personal Luxury Car” surgiu, pela primeira vez, com a concepção do Ford Thunderbird em 1955. Frequentemente considerado um concorrente do Chevrolet Corvette, o Thunderbird, na verdade, era um carro totalmente diferente, focado no luxo e na imagem, e não no desempenho.
A Ford se manteve no segmento de carro de luxo pessoal por vários anos, e apenas a Studebaker, com seu Avanti coupé, poderia reivindicar um lugar nesse nicho.
GM e Chrysler não tinham respostas ao Thunderbird até a introdução do Buick Riviera em 1963. Porém, nos anos seguintes, a GM introduziria veículos como Oldsmobile Toronado, Cadillac Eldorado e Pontiac Grand Prix, provando que os instintos da Ford estavam corretos.
Nasce o Plymouth VIP
Enquanto isso, a Chrysler ainda não tinha nada a oferecer. Finalmente, então, a liderança da montadora decidiu apresentar um carro-conceito ao público na tentativa de, pelo menos, mostrar ser capaz de fabricar um carro de luxo pessoal. O resultado, concebido sob a liderança de Elwood P. Engel, foi o Plymouth VIP 1965.
A ideia desse veículo era levar o termo “carro de luxo pessoal” para um próximo nível. Não era para ser apenas um veículo de luxo, mas quase uma sala de estar sobre rodas. Apresentado no Chicago Auto Show em fevereiro de 1965, o carro atraiu multidões para o estande da Plymouth. O que eles viram lá era familiar, mas também futurista.
Visualmente o Plymouth VIP fora reconhecido como uma variação dos Plymouth em produção até então, apresentando uma frente diferenciada, que parecia mais a traseira do veículo. Sua pintura era intrigante, pois se tratava de um magenta iridescente que, em algumas condições de iluminação, poderia ser rosa, vermelho, laranja e até marrom.
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O teto era o ponto máximo do design no exterior. Uma barra em forma de T emoldurava o para-brisa e corria longitudinalmente do centro à traseira do carro. Os vidros, que faziam parte do teto, eram retraídos eletronicamente para a parte traseira (não se sabe se isso fora posto em prática no modelo conceitual).
Entretanto, era seu interior que chamava mais a atenção. Concebido para ser uma resposta aos concorrentes, tinha quatro assentos e painel de instrumentos envolvente. Com funções eletrônicas e de diagnóstico, além de uma câmera traseira e telefone/rádio, o automóvel dava ao motorista uma sensação futurista e de praticidade, tendo tudo à mão.
O Plymouth VIP pode ser visto hoje como uma espécie de carro de transição, assim como muitos dos carros da Chrysler em meados da década de 1960.
Fonte e fotos: www.cardesignnews.com